terça-feira, 26 de junho de 2012


                                                     Educar o Coração

“A Sabedoria é uma virtude maravilhosa. Mas, a menos que ela seja imbuída pelo Amor e pela Vontade Divina, o intelecto é espiritualmente impotente.”

   Hoje em dia o campo da tecnologia e da ciência estão muito avançados. Mas o que dizer do desenvolvimento dos nossos corações? Será que poderemos equilibrar o avanço científico atual com um desenvolvimento semelhante do coração, que nos permitirá fazermos as escolhas certadas? Seremos capazes de empregar amor e sabedoria suficiente para conter a tentação de abusar do poder?

   A educação do coração nos permite expressar todo o nosso potencial espiritual. Ela nos ensina a confiar nas nossas faculdades e recursos internos para enfrentar o desafio que está bem à nossa frente. A educação do coração aumenta a capacidade da alma de expandir-se além de si mesma, de vasculhar dos mais longínquos universos até as grandes profundidades do ser.

   Se formos ensinados a enfatizar somente as formas empíricas de abordar uma situação, elegeremos a mente analítica como o único instrumento no qual podemos confiar para definir a nossa vida. Mas fomos dotados de muito mais do que isso. O coração e a alma estão continuamente sentindo, intuindo e percebendo o que não pode ser explicado pela evidência empírica. Coisas que não fazem sentido para o intelecto fazem sentido perfeito para o coração e a alma. Se não prestarmos atenção a elas e não sintonizarmos os delicados instrumentos da nossa vida interior, nossas capacidades inatas permanecerão adormecidas.

   Desde crianças devemos ser ensinados a escutar com o coração e a obedecer os impulsos internos da alma, que nos guiam para o nosso destino imortal. Isto requer que sejamos para nossos filhos facilitadores, em vez de procurar controlar o desenvolvimento da mente ou da inteligência do coração, que é ímpar em cada criança.

   Na realidade, o único educador verdadeiro é Deus e o espírito que habita dentro de nós. Todos os outros instrutores são meros substitutos, que estão ali para nos ajudar, até que aprendamos a escutar a sabedoria do nosso própprio coração, alma e mente superior.

   A educação do coração prepara-nos para sermos transformadores do amor. Aprendemos a sentir intuitivamente o que os outros precisam; aprendemos a suprir essa necessidade exatamente com o que é necessário naquele momento. Esta fórmula alquímica é dada sempre pelo coração.
                                     Livro : “Alquimia do Coração”

   Viva as perguntas agora :

- Aproveitando as oportunidades para educar o coração: Existe alguma situação na sua vida em que você é o “Professor”? Pense em como você pode usar essa oportunidade para guiar e ser um mentor, em vez de tentar controlar essa pessoa? Pense em como pode encontrar novas formas criativas de educar o seu coração, assim como a sua mente? 

- Apreciando a sabedoria do coração: Quando você se deparar com uma situação em sua vida que parece não ter uma solução lógica, entre em contato com o seu coração e peça ao seu Eu Superior que ative a inteligência divina do seu coração e revele a resposta que procura. Escute a resposta do seu coração, mas seja paciente e preste bastante atenção, pois ela pode vir logo ou demorar uns dias e também pode se apresentar de diversas formas.

quarta-feira, 20 de junho de 2012



                                           Nutrir-se

   Um dos principais motivos de não conseguirmos realizar os nossos sonhos, é não acreditar que podemos realiza-los. A falta de confiança em nós mesmos pode ter raízes profundas, podem-se originar de crises afetivas, de crises de auto-estima....

    Será que amamos e apreciamos a nós mesmos? Se não formos capazes de nos amarmos, sabotaremos o nosso progresso espiritual, emocional e profissional. Não nos permitiremos alcançar um patamar mais elevado, simplesmente porque não acreditamos que somos capazes ou que merecemos.

   Esta “doença espiritual”, com frequência reforçada por pais mal informados, amigos, figuras de autoridade e até mesmo a mídia, nos contaminará com a falsa crença de que não somos merecedores de ter o trabalho satisfatório, o relacionamento saudável, a casa maravilhosa ou mesmo as experiências espirituais enaltecedoras de que precisamos e que merecemos ter. Além disso, se não amarmos a nós mesmos, destruiremos a nossa capacidade de dar e de receber amor. Na verdade, poderemos falhar, de forma consciente ou não, só para provar que somos indignos.

   Não só este desprezo por nós mesmos obstrui o caminho da expressão do amor, bem como interfere na nossa capacidade de receber amor. Não conseguiremos nos sentir merecedores de sermos amados se inconscientemente nos odiamos ou se não gostamos de alguma parte de nós mesmos.

   Devemos ser realistas a respeito daquilo que precisamos melhorar em nossas vidas.

   Quando lidamos com crianças, sabemos que elas estão num processo permanente de crescimento e refinamento, e que não devemos critica-las quando cometem erros. Mas, às vezes, não percebemos que este mesmo processo se dá na nossa vida adulta e nós tratamos a nossa alma da mesma maneira.

   A alma é a nossa criança interior, que ainda está passando pelo processo de refinamento e de desabrochar de todo o seu potencial. Não importa o que a nossa criança interior esteja vivendo nesse momento, podemos amar a nossa alma enquanto ela caminha na senda de tornar-se íntegra. O que importa não é o quanto ainda nos falta caminhar, mas se estamos totalmente engajados nesse processo. Será que somos capazes de escutar o que o nosso coração nos diz sobre qual é o próximo passo do nosso caminho, e obedecer-lhe?

   Se desejar dar poder ao seu coração, comece por ouvir o que ele lhe diz acerca do que você precisa nesse momento. Pode ser algo como sentir o perfume das flores no caminho, ganhar um afago nas costas ou tentar uma nova carreira. Ouvir o que  o coração diz nos enche de poder porque é o primeiro passo para assumirmos a responsabilidade pelas nossas necessidades.

   Se não nutrirmos a nós mesmos, não poderemos nutrir nem apreciar os outros. Jesus disse: “Amai ao próximo como a ti mesmo” . Em outras palavras, ama ao próximo, assim como você ama a si mesmo. Se não conseguirmos amar a nós mesmos, como poderemos amar os outros?

   Precisamos também dedicar um tempo para ficarmos sozinhos e refletir, para reunir nossas forças, para pensarmos e nos focalizar novamente nas nossas prioridades.

     Quando somos capazes de nos amar, somos responsáveis pela direção que damos à nossa vida e por suprir as nossas necessidades pessoais, assim nutrindo a nós mesmos.

                                      Livro : “Alquimia do Coração”

   Viva as perguntas agora :

- Faça uma lista do que gosta acerca de si mesmo. Se não conseguir, ou achar difícil, pergunte as pessoas e aos amigos o que eles mais apreciam em você?

- Consulte o seu coração. Pergunte a ele o que ele mais precisa agora para se sentir mais equilibrado e em paz.

- Faça as seguintes perguntas para você mesmo. Se você tivesse somente 6 meses de vida, a que dedicaria o seu tempo? Quais seriam as suas metas? Elas seriam as mesmas que você tem hoje? Como gostaria que a sua vida fosse?

- Existe algum limite que gostaria de estabelecer para que possa cuidar melhor de si e, consequentemente, nutrir melhor os outros? Como você pode comunicar amorosamente esses limites aos outros?

quinta-feira, 14 de junho de 2012


                                   Construir um Momentum

   Nunca haverá uma lista do que se deve e do que não se deve fazer para ser capaz de amar mais. Temos que descobrir por nós mesmos como doar o amor que existe dentro de nós.

   Uma das coisas que os mestres do amor nos ensinam é que se torna mais fácil amar quando fazemos disso um hábito. Eles dizem que o amor que flui com espontaneidade é o amor que foi gerado pelo hábito. Amar é um momentum, e nós adquirimos este momentum praticando-o todos os dias, mesmo quando não é fácil fazê-lo. Ao nos alimentarmos na fonte do amor, nosso coração estará sempre pronto para qualquer eventualidade, como socorrer um coração partido, um corpo cansado ou uma alma sofredora.

   Quando construimos um momentum, permitimos que um fluxo de amor jorre continuamente do nosso coração para o coração dos outros e assim as portas do nossos corações nunca vão se fechar.

   Se pudéssemos ver um coração maravilhoso do ponto de vista espiritual, ele pareceria convexo, expansivo, explodindo de luz, emanando-a sempre. Quando não emitimos amor forte e puro com o coração, quando ficamos tão absortos nos nossos problemas que não conseguimos amar de forma alguma, o coração torna-se côncavo, encolhido para dentro, afundado e deprimido.

   Os mestres do amor também nos ensinam que , se pudermos manter o coração aberto mesmo quando sofremos, podemos ser instrumentos da compaixão e produzir mudanças positivas na Terra. A antiga tradição mística judaica da Cabala ensina que cada pessoa contribui, individualmente, para a situação atual do mundo. A cada momento escolhemos ampliar a força do bem ou o peso da negatividade no planeta.

   Ela também ensina que o mal, em si e por si mesmo, não tem poder algum. Literalmente, são os nossos pensamentos, sentimentos, palavras e atos que dão poder ao mal. E o bem que fazemos priva o mal do seu poder e compele o mundo divino a enviar bênçãos ao nosso mundo. Quando um número suficiente de pessoas emanarem a qualidade do amor, o mundo se tornará um lugar amoroso.
                                    Livro : “Alquimia do Coração”

   Viva as perguntas agora :

- Alimentando o fluxo de amor dentro de nós : Existe alguma circunstância difícil na sua vida que você poderia usar como oportunidade para manter vivo o seu amor? O que exatamente você poderia fazer para manter um momentum de amor nesta situação?

- Fazendo uma transferência de amor : Reflita sobre as interações que você tem com outras pessoas. Existe alguém que precisa de uma transferência de amor do seu coração? Você supriu a necessidade dessa pessoa? Se não o fez, como dar a esta pessoa o amor e o apoio de que necessita?

segunda-feira, 11 de junho de 2012

                                            Enchendo-se de Compaixão

   Os termos "compaixão" e "piedade" muitas vezes são usados com o mesmo sentido, precisamos entender a diferença que existe entre os dois para podermos distinguir entre o amor cheio de compaixão e a sua imitação.

   A compaixão concede-nos poder porque nos ajuda a aprender as lições espirituais inerentes a todas as nossas dificuldades. A compaixão não coloca nos outros a culpa pelas circunstâncias nas quais nos encontramos, mas nos mostra que são as nossas reações a estas circunstâncias que realmente são importantes. A compaixão nos faz subir a um nível mais elevado, de onde podemos enfrentar a situação com uma perspectiva renovada.

   Por outro lado, a piedade humana nos permite fazer o papel de vítima. Ela nos encoraja a condescendermos na autopiedade e a permanecermos onde estamos. A piedade cria a tentação de fugirmos da realidade, em vez de enfrentá-la.

   A piedade pode fazer com que nos sintamos bem por um momento mas, a longo prazo, não ajuda o nosso crescimento espiritual. Se os pais por complacência mimam uma criança, protegendo-a das dificuldades e da luta necessária para amadurecer e desabrochar, ela pode nunca chegar a crescer. Não importa que idade tenha, se não se esforçar para aprender as lições do coração, este nunca amadurecerá.

   Nem sempre conseguimos perceber quando estamos presos ao círculo vicioso da piedade, em vez de expressarmos a compaixão, especialmente nos relacionamentos mais íntimos. Como saber ao certo? Uma pista é que a compaixão nos enche de energia e a piedade nos exaure. A compaixão nos faz sentir apoiados e fortalecidos, enquanto a piedade nos torna rígidos.

   Num relacionamento baseado na compaixão, as duas pessoas têm espaço para ser quem realmente são. Respeitam as necessidades um do outro e ajudam o desabrochar um do outro. A compaixão, por ser amor, gera crescimento. Num relacionamento baseado na piedade, uma ou as duas pessoas sentem-se frustradas, tolhidas e sem criatividade, a piedade gera relacionamentos de co-dependência.

   Para termos relacionamentos saudáveis é muito importante cultivar a nossa relação com o nosso Eu Superior, e ajudar nosso parceiro a fazer o mesmo. Esta nossa conexão interior forte é o que nos sustenta na nossa jornada de amor.

   Se permitirmos que alguém dependa de nós para garantir-lhe felicidade, estabilidade e auto-estima, não estaremos fazendo nenhum bem a esta pessoa. Podemos e devemos incentivar, dar apoio e encorajar as pessoas, mas nada do que façamos poderá substituir a vontade de crescer da própria pessoa. Na senda da mestria pessoal, cada um precisa construir o seu relacionamento pessoal com Deus.

                                              Livro : “Alquimia do Coração”

   Viva as perguntas agora :

- Como posso colocar em prática essas lições nos meus relacionamentos ?

- Avalie a qualidade dos seus relacionamentos. Faça uma lista dos principais relacionamentos da sua vida neste momento. Será que você se preocupa demais com alguém ou será que existe alguém que seja superprotetor em relação a você? Será que existe alguém que precise de que você o ajude de forma mais compassiva, atribuindo-lhe mais poder, em vez de fazê-lo com piedade e tornando-o dependente?

segunda-feira, 4 de junho de 2012

                                                “Eu Amo, Portanto......”


   Esse capítulo fala de um exercício para descobrir o que estamos dispostos a fazer e o que desejamos mudar em nós para ser o amor em ação?

   Começamos o exercício escrevendo a frase :  Eu Amo, Portanto.........e, depois preenchemos o espaço em branco assim :
-  Primeiramente preenchemos com tudo o que precisamos abandonar para poder amar mais, como, por exemplo : não posso ficar carregando dentro de mim : raiva, orgulho, egoísmo, ciúmes, ressentimento, amargura, pessimismo, medo, pena de mim mesmo, falta de confiança em mim mesmo, hábitos, preocupação comigo mesmo, sentimento de inadequação..... porque esses sentimentos sugam toda a nossa energia criativa e não podemos permitir que essas situações nos impeçam de fazer aquilo que precisamos fazer. Somos amor, portanto podemos convidar os anjos para entrar em nossas vidas e nos ajudarem a mudar estes estados de consciência que  impedem o desabrochar total de nossos corações.

- A seguir, descrevemos uma situação positiva, situações que aconteceram quando estivermos amando.  Pense nessas perguntas : Quando eu for amor, como será o meu universo? Como será a minha vida? Como eu vou tratar a mim mesmo e os outros?

- Depois de pensar e escrever tudo, falaremos em voz alta todos os compromissos de amor que assumimos ao escrever .... Eu sou Amor, Portanto......

   Quando abrimos o nosso coração, quando afirmamos que nada conseguirá impedir a expressão do nosso amor, todas as forças internas e externas correm para nos ajudar. Se a intenção do nosso coração for pura e o que pedirmos estiver de acordo com o plano divino, Deus enviará assistentes para ajudar o nosso trabalho de amor.

   Outro segredo do coração é que, quando nos doamos, ajustamos a nossa doação não de acordo com o que pensamos que podemos aguentar, mas de acordo com o tamanho da necessidade.

   Temos que nos lembrar também que mesmo nos dedicando aos outros, não podemos e não devemos ignorar as nossas próprias necessidades. O amor é sacrifício, mas não devemos nos destruir neste processo de amar.

   Às vezes é difícil permitir-nos estabelecer limites ou fazer algo por nós mesmos em primeiro lugar, especialmente quando as pessoas contam conosco. Mas, se desejarmos dar apoio real às pessoas, precisamos dar-nos permissão para fazer as coisas que aumentarão o fogo no nosso coração, para que possamos ter este fogo quando precisarmos acalentar e nutrir os outros. 

                                             Livro : “Alquimia do Coração”

   Viva as perguntas agora antes de realizar o exercício :

- Medite um pouco sobre os seus “portantos” ? Faça uma lista daquilo que está disposto a fazer para ser o amor em ação.

- Ajuste o que quer doar com o tamanho da necessidade e não pelo que pensa que consegue suportar ?

- Enfrente os seus medos. Existe algo que tenha medo de enfrentar, que o impeça de progredir? Pergunte a si mesmo como pode vencer este medo e de que tipo de ajuda precisa para fazê-lo ?

   E agora você já pode fazer o seu exercício de Amor.